segunda-feira, 12 de abril de 2010

Música de Protesto

Green Day: Grupo que protesta a invasão norte-americana no Iraque.

A música para a maioria das pessoas é uma forma de expressar sentimentos, desejos, frustrações, conceito que não está muito longe da realidade, pois durante muito tempo a música foi utilizada como forma de “abrir os olhos da humanidade” para as questões que afligiam o mundo, como a guerra, a discriminação, a opressão, etc.

Para muitos músicos, a canção não deve falar de coisas banais, mas sim, explorar letras na tentativa de mudar a realidade cruel em que grande parte do mundo vive, é buscar através da música a liberdade para a humanidade. A música com referência ideológica existe há muito tempo, mas foi a partir da década de 1960 que a música, como forma de protesto, ganhou popularidade, em especial com as bandas britânicas Beatles e Rolling Stones, com a expressividade do rock. Levantando diversas questões como, por exemplo, discussões em favor da liberdade de expressão, pelo fim das guerras e do desarmamento nuclear, idealizando um mundo de “paz e amor”, com músicas como; “Revolution” (Beatles) e “We Love You” (Rolling Stones). Durante a Guerra do Vietnã, outras bandas entraram na onda de protestos. Em 1964, no Brasil, a repressão e a censura instauradas pelo regime militar deram origem a movimentos musicais que viam na música uma forma de criticar o governo e de chamar a população para lutar contra a ditadura. Os grandes nomes desse período foram Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo Vandré, entre outros. Usando na letra de suas músicas metáforas e ambiguidades, títulos como: “É Proibido Proibir”, “Que as Crianças Cantem Livres” e “Para Não Dizer que Não Falei das Flores” fizeram sucesso na época e até hoje ainda fazem.
Foram diversas as canções que falavam da maneira insana que o regime controlava e tratava a população. Já nos anos 70, surgiu o famoso movimento punk rock, representados por bandas como o The Ramones, Sex Pistols e The Clash, esses faziam criticas à Guerra Fria, ao nacionalismo e à monarquia britânica.

Nesse mesmo período surgiu o reggae, na Jamaica, que trazia em suas letras mensagens de protesto e conscientização quanto aos problemas da época. Nos anos 80 e 90, surgiram as principais referências musicais da atualidade. Uma das principais bandas foi a irlandesesa U2, fazendo sucesso com a música “Sunday Bloody Sunday”, letra que trazia o desabafo e a indignação dos cantores contra a intolerância religiosa entre protestantes e católicos que resultou na morte de dezenas de pessoas, fato ocorrido em 1972, em Derry, na Irlanda do Norte. Além do U2, muitas outras bandas se engajaram em causas humanitárias e ambientalistas como, por exemplo, a banda australiana Midnight Oil. Já no Brasil os anos 80 marcaram o surgimento dos principais nomes do rock nacional, em especial as bandas nascidas em Brasília e São Paulo como Legião Urbana, Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Titãs. Cada uma trazendo seu próprio estilo e suas indignações contra os problemas e a enganação da sociedade. Na música “Geração Coca-Cola” do grupo Legião Urbana, é possível ver a indignação contra a soberania norte-americana sobre o Brasil e os demais países:

(Composição: Renato Russo/ Fê Lemos)

“Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.

Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola”

E foi com esse tipo de letra que essas bandas fizeram e ainda fazem sucesso entre os jovens. Onde todos têm o sonho de fazer a revolução, de mudar a realidade do mundo. Hoje, existem muitos grupos de referência mundial, que fazem sucesso com suas letras de protesto, como a estadunidense Green Day com a música “American Idiot” (Idiota Americano) que manifesta sua oposição à presença militar dos EUA no Iraque:

“Não quero ser um idiota americano.
Uma nação governada pela mídia.
Informações da idade da histeria.
Está chamando um idiota americano.
Bem-vindo a um novo tipo de tensão.
Por toda a “alien-nação”,
Onde tudo não é feito para ser certo.
A televisão sonha com amanhã.
Nós não somos o que pretendemos seguir.
E isso é o suficiente para discutir.”

Essas bandas atuais e de caráter revolucionário demonstram o quanto a música ainda é um forte instrumento de manifestação contra o avanço do desenvolvimento desordenado no planeta, autoritarismo e intolerância. A música de protesto há muito tempo deixou de ser exclusiva de alguns grupos, ultrapassando a esfera do rock e atingindo outros estilos, hoje o Rap é um dos ritmos mais conceituados da atualidade, apresentando letras de protesto contra as desigualdades sociais, raciais e religiosas.

Retirado de :http://www.brasilescola.com/artes/musica-protesto.htm

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ARTE GÓTICA - RESUMO

Desde Filipe Augusto (1165-1223) a monarquia francesa tinha um objetivo: enfraquecer os senhores feudais, donos de territórios e exércitos frequentemente maiores que os do próprio rei.





Assim, quando os servos da gleba (trabalhadores ligados à terra, que dependiam exclusivamente do seu senhor), pressionados por pesadas obrigações impostas pela nobreza feudal, começaram a fugir para as cidades, a monarquia protegeu-os.







Cada homem que escapava era um soldado e um trabalhador a menos nas fileiras do senhor. Enfraquecer os nobres era um forma de fortalecer o rei, e o rei queria centralizar o poder.





Em 1287, Filipe IV, o Belo, deu um passo decisivo nesse sentido: regulamentou o direito dos burgueses (os habitantes do burgo, a cidade medieval), garantindo-lhes o apoio e a simpatia reais.





A meta do fugitivos do campo era modesta: trabalhar nos burgos a troco de um salário.






Aos poucos foram-se reunindo em pequenas associações, sob as ordens de um mestre, e depois, fortalecidos, organizaram-se em corporações profissionais que guardavam os segredos de cada ofício.







A população das cidades cresceu tanto que a Igreja teve de se adaptar aos novos tempos. Opiniões se levantaram contra a reclusão dos monges nos mosteiros, sustentando a necessidade de os religiosos catequizarem na agitação da cidade.






A universidade de Sorbonne, fundada em 1257, tornou-se o posto avançado das novas idéias religiosas.
Foi nesse novo mundo, as cidades, e sob o patrocínio da Igreja, que surgiram as primeiras manifestações da arte gótica: as catedrais.





Corporações de artesãos eram contratadas pelo bispados para erguer esse imponentes edifícios de pedra, que se constituíram no próprio símbolo da cidade.





A Igreja foi, de fato, o maior cliente dos artistas e artesãos da época. Arquitetura, escultura, pintura e demais manifestações do período gótico (séculos XII a XIV) são obras anônimas, fruto das corporações de profissionais. Mesmo quando uma abra é atribuída a um mestre, em geral ele não a fez sozinho.





O estilo gótico não se limitou à França nem se manteve inalterado ao longo dos dois séculos de existência. Foi adotado por outros países, como a Alemanha, a Inglaterra e a Espanha, onde sofreu algumas variações.





Nenhuma, porém, alterou sua característica principal: a verticalidade, presente nas catedrais e nas figuras alongadas dos vitrais, tapeçarias, estatuária e pintura.






De modo geral, pode-se dizer que quase todas as manifestações da arte gótica são complementares à arquitetura. A escultura tinha uma função decorativa, dentro e fora das construções.






Sobre os pórticos e ao seu redor, nas arquivoltas, em todos os cantos das paredes laterais, desfilam Cristos e Virgens, santos e profetas, narrando episódio da história sacra. São figuras esguias, um pouco rígidas em sua postura, mas a fisionomia tenta exprimir emoções.






À medida que se avança no período gótico, observa-se que as figuras ganham cada vez mais movimento e que existe uma preocupação em aproximá-las de modelos da realidade.




Uma das mais importantes manifestações do período gótico são as iluminuras, pinturas de dimensões reduzidas, feitas em aquarela ou têmpera, destinadas a ilustrar manuscritos. As cenas são religiosas ou representam aspectos da vida cotidiana. Já os temas dos afrescos

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

STONEHENGE



Como foi construído:

Os maciços arcos de pedra da Planície de Salisbury aguardam o nascer do sol como vêm fazendo, dia após dia, há 4 mil anos. Erguem-se em silêncio vigilante, a cor escura em contraste com o céu cinzento.

Stonehenge pode ser a maior maravilha do mundo pré-histórico. Com certeza, é um de seus maiores mistérios. O círculo foi deliberadamente alinhado com o nascer do sol do solstício de verão, o amanhecer do dia mais longo do ano. Como poderiam os homens primitivos ter colocado aqueles gigantescos blocos de pedra, pesando até 50 toneladas cada um, em suas atuais posições? E por que fizeram isso?

Na Idade Média, o monumento de Stonehenge era explicado pelo poder da magia: Merlin, mago da corte do Rei Arthur, invocara as forças das enormes pedras da Irlanda. No século 19, as pessoas estavam presas à idéia dos druidas, sem atentar para o fato de que aqueles antigos sacerdotes celtas faziam os cultos em bosques de carvalhos sagrados, e não em templos de pedra. Sacerdotes barbados em vestimentas brancas celebrando o solstício de verão em Stonehenge constituem sua imagem mais duradoura.

O astrônomo Sir Fred Hoyle declarou que Stonehenge é um computador pré-histórico, programado para prever os eclipses do sol e da lua.

Ninguém sabe exatamente o que é Stonehenge. No entanto, hoje temos conhecimento de quando foi construído - e como. Recente estudo feito pela Associação Arqueológica de Wessex resolve as discussões sobre a idade de Stonehenge. Tudo começou logo após o ano 3000 a.C, numa área circular delimitada por pequena encosta com grande fosso externo. "No ano 2600 a.C, enormes pedras retangulares foram trazidas das Montanhas Preseli, situadas a cerca de 217 quilômetros dali", diz Andrew Lawson, diretor da Associação.

O anel externo e a arcada interna foram feitos de blocos de arenito provenientes das Planícies MarIborough, situadas 40 quilômetros ao norte. Os maiores dolmens da arcada interna, chamados de trilithons, são constituídos por dois pilares denominados megálitos e uma pedra colocada sobre o topo. Os megálitos têm aproximadamente sete metros de altura e pesam até 50 toneladas. Acredita-se que foram construídos por volta do ano 2400 a.C.

Quando prepararam as pedras, os criadores de Stonehenge fizeram pequena elevação no meio das colunas, técnica que na Grécia, 1.500 anos mais tarde, seria chamada de êntase. Contrariando o efeito de distorção da paisagem, a êntase faz a aresta de uma coluna parecer perfeitamente reta.

Entretanto, a descoberta mais intrigante da Associação é que o tempo de construção de Stonehenge talvez tenha sido bem menor do que se imaginava: "O monumento poderia ser construído em uma geração, com potencial humano e gerenciamento ágil."

Isso é incrível. O transporte e a edificação de 40 blocos de rocha, com outro bloco de 10 toneladas colocado sobre eles, é obra que mesmo hoje seria de tirar o ânimo de qualquer um. Que força bruta foi necessária para colocar aquelas pedras na posição, sem guindastes ou roldanas?

Há três verões, num campo não muito distante de Stonehenge, certo grupo de entusiastas liderado pelo engenheiro Mark Whitby e pelo arqueólogo Julian Richards mostrou como os arcos podem ter sido construídos.

Whitby coordenou uma operação onde réplicas das pedras - duas colunas de 45 toneladas e uma viga transversal de 10 toneladas, feitas de concreto - foram puxadas sobre trilhos de madeira besuntados com sebo. Uma versão do sistema em que os grandes navios, com as quilhas lubrificadas, são lançados ao mar sobre trilhos. Os grandes blocos de pedra foram puxados colina acima por 130 soldados, bombeiros e estudantes usando quase 150 metros de corda.

A força bruta, no entanto, não foi suficiente para erguer as pedras. Para alcançar seu objetivo, Whitby teve de pensar como os construtores originais. "Esses rapazes da Idade da Pedra eram engenhosos", admite Whitby. Uma dica importante foi o formato do buraco onde fica a coluna maior. Ele era vertical, com um dos lados fortemente inclinado. Whitby construiu uma rampa perto do buraco e mandou que puxassem a enorme pedra sobre ela, até que a terça parte da pedra se projetasse sobre o buraco. Pesados fragmentos de rocha foram colocados sobre o bloco de pedra e empurrados para sua extremidade. Momentos depois, o peso desses fragmentos fez o imenso bloco se inclinar e cair dentro do buraco abaixo dele.

Uma vez erguido o segundo bloco, a viga transversal foi arrastada sobre a rampa mais íngreme. Os três blocos se adaptaram de maneira impecável e formaram a perfeita arcada do século 20. Whitby acredita ter solucionado o problema. "Com 140 pessoas, eu poderia construir Stonehenge em menos de 20 anos.”

FAY, Stephen. Revista Seleções. Novembro 1997.

Eu apoio essa idéia!



Planeta Voluntários apoía a Campanha 2010, Tome uma Atitude!

domingo, 24 de janeiro de 2010



Planeta Voluntários apoía a Campanha 2010, Tome uma Atitude!

OP-ART

A expressão “op-art” vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para arte "menos expressão e mais  visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante.
Apesar de ter ganho força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia.
Principais artistas:
Alexander Calder (1898-1976) - Criou os móbiles associando os retângulos coloridos das telas de Mondrian à idéia do movimento. Os seus primeiros trabalhos eram movidos manualmente pelo observador. Mas, depois de 1932, ele verificou que se mantivesse as formas suspensas, elas se movimentariam pela simples ação das correntes de ar. Embora, os móbiles pareçam simples, sua montagem é muito complexa, pois exige um sistema de peso e contrapeso muito bem estudado para que o movimento tenha ritmo e sua duração se prolongue.
 
Victor Vassarely - criou a plástica cinética que se funda em pesquisas e experiências dos fenômenos de percepção ótica. As suas composições se constituem de diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas. São engenhosamente combinadas, de modo que através de constantes excitações ou acomodações retinianas provocam sensações de velocidade e sugestões de dinamismo, que se modificam desde que o contemplador mude de posição. O geometrismo da composição, ao qual não são estranhos efeitos luminosos, mesmo quando em preto e branco, parece obedecer a duas finalidades. Sugerir facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para a multiplicidade, como diz o artista; por outro lado, solicitar ou exigir a participação ativa do contemplador para que a composição se realize completamente como "obra aberta". 

sábado, 23 de janeiro de 2010

ARTE HOLANDESA




Na virada do século, os portugueses defenderam o Brasil dos invasores ingleses, franceses e holandeses. Porém, os holandeses resistiram e se instalaram no nordeste do país por quase 25 anos (início em 1624).
O Conde Maurício de Nassau trouxe à “Nova Holanda” artistas e cientistas que se instalaram em Recife. Foi sob a orientação de Nassau que o arquiteto Pieter Post projetou a construção da Cidade Maurícia e também os palácios e prédios administrativos.
Embora fosse comum a presença de artistas nas primeiras expedições enviadas à América, Maurício de Nassau afirmou, em carta à Luiz XIV, em 1678, ter a sua disposição seis pintores no Brasil, entre os quais Frans Post e Albert Eckhout. Holandeses, flamengos, alemães, os chamados pintores de Nassau, por não serem católicos, puderam facilmente dedicar-se a temas profanos, o que não era permitido aos portugueses. Em conseqüência disso foram os primeiros artistas no Brasil e na América a abordar a paisagem, os tipos étnicos, a fauna e a flora como temática de suas produções artísticas, livre dos preconceitos e das superstições que era de praxe se encontrar nas representações pictóricas que apresentavam temas americanos. Foram verdadeiros repórteres do século XVII.
 
FRANS J. POST
Nascido em Haarlen, Holanda (1612-1680), foi pintor, desenhista e gravador. Tinha 24 anos quando chegou ao Brasil, contratado por Nassau, permaneceria até 1644. Era irmão do arquiteto Pieter Post. Sua principal tarefa era nas novas terras do foi documentar edifícios, portos e fortificações. Destacou-se entre os pintores de Nassau: é considerado o primeiro paisagista a trabalhar nas Américas.
Foi autor de cerca de 150 obras, costumava pintar pequenas figuras para funcionar como pontos de atração nos quadros e deixa-los mais interessantes. Vários museus do mundo mantêm em seus acervos obras de sua autoria, no Brasil podemos ver a sua obra no MASP, em São Paulo e MNBA no rio de Janeiro.
Obras destacadas: A cidade e o castelo de Frederik na Paraíba; Paisagem Brasileira com nativos dançando; Paisagem com Tamanduá; Mauritsstad e Recife.
 
ALBERT ECKHOUT
Nascido em Groninger, Holanda (1610-1666), foi artista e botânico, veio para o Brasil em 1637 e permaneceu até 1644, como pintor contratado por Maurício de Nassau. Aqui realizou grande parte de sua obra, nela destacam-se naturezas-mortas com frutas e legumes tropicais, representações dos tipos humanos que habitavam o país e costumes. Ficou fascinado pelo o que encontrou no Brasil.
O Conde de Nassau freqüentemente ofereceu obras de Eckhout como presente à nobreza européia. O rei da Dinamarca recebeu vinte pinturas retratando tipos brasileiros e naturezas-mortas. O rei da França recebeu uma coleção de pinturas que foi usada para fazer tapeçarias, as chamadas “Tapeçarias das Índias” tornaram-se muito conhecidas e foram tão copiadas que os cartões originais se estragaram. Os trabalhos de Eckhout contribuem para que os europeus se interessassem pelo Brasil.
Obras destacadas: Dança Tapuia; Composição com cabaças, frutas e cactos; Os dois touros; Mameluca; Mulato; Índia Tapuia; Mulher Africana.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

MANEIRISMO




Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). Uma evidente tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começa a ser sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.

Alguns historiadores o consideram uma transição entre o renascimento e o barroco, enquanto outros preferem vê-lo como um estilo, propriamente dito. O certo, porém, é que o maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico que entra em decadência. Os artistas se vêem obrigados a partir em busca de elementos que lhes permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante o renascimento.

Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa nesse momento. Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero. Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e destrói Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a principal e única medida do universo.

Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias.


ARQUITETURA
A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição da luz e na decoração.

Principais características:

Nas igrejas:
· Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros com escadas em espiral, que na maior parte das vezes não levam a lugar nenhum, produzem uma atmosfera de rara singularidade.
· Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras caprichosas são a decoração mais característica desse estilo. Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a vista.

Nos ricos palácios e casas de campo:
· Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento.
· A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação.


Principais Artistas:

BARTOLOMEO AMMANATI , (1511-1592), Autor de vários projetos arquitetônicos por toda a Itália, tais como: a construção do túmulo do conde de Montefeltro, o palácio dos Mantova, a villa na Porta del Popolo. a fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.

GIORGIO VASARI, (1511-1574), Vasari é conhecido por sua obra literária Le Vite (As Vidas), na qual, além de fazer um resumo da arte renascentista, apresenta um relato às vezes pouco fiel, mas muito interessante sobre os grandes artistas da época, sem deixar de fazer comentários mal-intencionados e elogios exagerados.
Sob a proteção de Aretino, conseguiu realizar uma de suas únicas obras significativas: os afrescos do palácio Cornaro. Vasari também trabalhou em colaboração com Michelangelo em Roma, na década de 30. Suas biografias, publicadas em 1550, fizeram tanto sucesso que se seguiram várias edições. Passou os últimos dias de sua vida em Florença, dedicado à arquitetura.

PALLADIO, (1508-1580), O interesse que tinha pelas teorias de Vitrúvio se reflete na totalidade de sua obra arquitetônica, cujo caráter é rigorosamente clássico e no qual a clareza de linhas e a harmonia das proporções preponderam sobre o decorativo, reduzido a uma expressão mínima. Somente dez anos depois iria se dedicar à arquitetura sacra em Veneza, com a construção das igrejas San Giorgio Maggiore e Il Redentore. Não se pode dizer que Palladio tenha sido um arquiteto tipicamente maneirista, no entanto, é um dos mais importantes desse período. A obra de Palladio foi uma referência obrigatória para os arquitetos ingleses e franceses do barroco.


PINTURA
É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas, criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte.

Principais características :

· Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços arquitetônicos reduzidos. O resultado é a formação de planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de tensão permanente.
· Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorsões absolutamente impróprias para os seres humanos.
· Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores brilhantes.
· A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis.
· Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da perspectiva,
· mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa dificuldade, encontrá-lo.


Principal Artista:

EL GRECO, (1541-1614), Ao fundir as formas iconográficas bizantinas com o desenho e o colorido da pintura veneziana e a religiosidade espanhola. Na verdade, sua obra não foi totalmente compreendida por seus contemporâneos. Nascido em Creta, acredita-se que começou como pintor de ícones no convento de Santa Catarina, em Cândia. De acordo com documentos existentes, no ano de 1567 emigrou para Veneza, onde começou a trabalhar no ateliê de Ticiano, com quem realizou algumas obras.
Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se estabeleceu na cidade de Toledo, onde trabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Filipe II, para os conventos locais e para a nobreza toledana.
Entre suas obras mais importantes estão O Enterro do Conde de Orgaz, a meio caminho entre o retrato e a espiritualidade mística. Homem com a Mão no Peito, O Sonho de Filipe II e O Martírio de São Maurício. Esta última lhe custou a expulsão da corte.


ESCULTURA
Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade. Em resumo, repetem-se as características da arquitetura e da pintura. Não faltam as formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de planos, ou ainda o exagero nos detalhes, elementos que criam essa atmosfera de tensão tão característica do espírito
maneirista.

Principais características:

· A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por contorsões extremadas e exagerado alongamento dos músculos.
· O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossíveis, permite que elas compartilhem a reduzida base que têm como cenário, isso sempre respeitando a composição geral da peça e a graciosidade de todo o conjunto.


Principais Artistas:

BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592), Realizou trabalhos em várias cidades italianas. Decorou também o palácio dos Mantova e o túmulo do conde da cidade. Conheceu a poetisa Laura Battiferi, com quem se casou, e juntos se mudaram para Roma a pedido do papa Júlio II, que incumbiu-o da construção de sua villa na Porta del Popolo. Começaram assim seus primeiros passos como arquiteto.
No ano de 1555, com a morte do papa, voltou para Florença, onde venceu um concurso para a construção da fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.

GIAMBOLOGNA, (1529-1608), De origem flamenga, Giambologna deu seus primeiros passos como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq. Poucos anos depois mudou-se para Roma, onde se supõe que teria colaborado com Michelangelo em muitas de suas obras.
Estabeleceu-se finalmente em Florença, na corte dos Medici. O Rapto das Sabinas, Mercúrio, Baco e Os Pescadores estão entre as obras mais importantes desse período.
Participou também de um concurso na cidade de Bolonha, para o qual realizou uma de suas mais célebres esculturas, A Fonte de Netuno.Trabalhou com igual maestria a pedra calcária e o mármore e foi grande conhecedor da técnica de despejar os metais, como demonstram suas esculturas de bronze. Giambologna está para o maneirismo como Michelangelo está para o renascimento.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SEMANA DE ARTE MODERNA




MODERNISMO BRASILEIRO (Primeira Fase 1922-1930)
SEMANA DE 22
Essa arte nova aparece inicialmente através da atividade crítica e literária de Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e alguns outros artistas que vão se conscientizando do tempo em que vivem. Oswald de Andrade, já em 1912, começa a falar do Manifesto Futurista, de Marinetti, que propõe “o compromisso da literatura com a nova civilização técnica”.
Mas, ao mesmo tempo, Oswald de Andrade alerta para a valorização das raízes nacionais, que devem ser o ponto de partida para os artistas brasileiros. Assim, cria movimentos, como o Pau-Brasil, escreve para os jornais expondo suas idéias renovadores de grupos de artistas que começam a se unir em torno de uma nova proposta estética.
Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar Segall, em 1913, e a de Anita Malfatti, em 1917.

A exposição de Anita Malfatti provocou uma grande polêmica com os adeptos da arte acadêmica. Dessa polêmica, o artigo de Monteiro Lobato para o jornal O Estado de S. Paulo, intitulado: “A propósito da Exposição Malfatti”, publicado na seção “Artes e Artistas” da edição de 20 de dezembro de 1917, foi a reação mais contundente dos espíritos conservadores.
No artigo publicado nesse jornal, Monteiro Lobato, preso a princípios estéticos conservadores, afirma que “todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem do tempo nem da latitude”. Mas Monteiro Lobato vai mais longe ao criticar os novos movimentos artísticos. Assim, escreve que “quando as sensações do mundo externo transformaram-se em impressões cerebrais, nós ‘sentimos’; para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o nosso cérebro esteja em ‘pane’ por virtude de alguma grave lesão. Enquanto a percepção sensorial se fizer normalmente no homem, através da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá ‘sentir’ senão um gato, e é falsa a ‘interpretação que do bichano fizer um totó, um escaravelho ou um amontoado de cubos transparentes”.
Em posição totalmente contrária à de Monteiro Lobato estaria, anos mais tarde, Mário de Andrade. Suas idéias estéticas estão expostas basicamente no “Prefácio Interessantíssimo” de sua obra Paulicéia Desvairada, publicada em 1922. Aí, Mário de Andrade afirma que:
“Belo da arte: arbitrário convencional, transitório - questão de moda. Belo da natureza: imutável, objetivo, natural - tem a eternidade que a natureza tiver. Arte não consegue reproduzir natureza, nem este é seu fim. Todos os grandes artistas, ora conscientes (Rafael das Madonas, Rodin de Balzac.Beethoven da Pastoral, Machado de Assis do Braz Cubas) ora inconscientes ( a grande maioria) foram deformadores da natureza. Donde infiro que o belo artístico será tanto mais artístico, tanto mais subjetivo quanto mais se afastar do belo natural. Outros infiram
o que quiserem. Pouco me importa”. (Mário de Andrade, Poesias Completas)

Embora existia uma diferença de alguns anos entre a publicação desses dois textos, eles colocam de uma forma clara as idéias em que se dividiram artistas e críticos diante da arte. De um lado, os que tendiam que a arte fosse uma cópia fiel do real; do outro, os que almejavam uma tal liberdade criadora para o artista, que ele não se sentisse cerceado pelo limites da realidade.
Essa divisão entre os defensores de uma estética conservadora e os de uma renovadora, prevaleceu por muito tempo e atingiu seu clímax na Semana de Arte Moderna realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. No interior do teatro, foram apresentados concertos e conferências, enquanto no saguão foram montadas exposições de artistas plásticos, como os arquitetos Antonio Moya e George Prsyrembel, os escultores Vítor Brecheret e W. Haerberg e os desenhistas e pintores Anita Malfatti, Di Cavalcanti, John Graz, Martins Ribeiro, Zina Aita, João Fernando de Almeida Prado, Ignácio da Costa Ferreira, Vicente do Rego Monteiro e Di Cavalcanti (o idealizador da Semana e autor do desenho que ilustra a capa do catálogo).
Manifesto Antropofágico
Publicado na Revista Antropofagia (1928), propunha basicamente a devoração da cultura e das técnicas importadas e sua reelaboração com autonomia, transformando o produto importado em exportável. O nome do manifesto recuperava a crença indígena: os índios antropófagos comiam o inimigo, supondo que assim estavam assimilando suas qualidades.
A idéia do manifesto surgiu quando Tarsila do Amaral, para presentear o então marido Oswald de Andrade, deu-lhe como presente de aniversário a tela Abaporu (aba = homem; poru = que come).
Estes eventos da Semana de Arte Moderna foram o marco mais caracterizador da presença, entre nós, de uma nova concepção do fazer e compreender a obra de arte. 

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ROMANTISMO

ROMANTISMO

O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por acontecimentos do final do século XVIII que foram a Revolução Industrial que gerou novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra, e pela Revolução Francesa que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se complexa.

Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista.

Características gerais:

* a valorização dos sentimentos e da imaginação;
* o nacionalismo;
* a valorização da natureza como princípios da criação artística; e
* os sentimentos do presente tais como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

ARQUITETURA E ESCULTURA

A escultura e a arquitetura registram pouca novidade. Observa-se, grosso modo, a permanência do estilo anterior, o neoclássico. Vez por outra retomou-se o estilo gótico da época medieval, gerando o neogótico.

Obra Destacada: Edifício do Parlamento Inglês

PINTURA

Características da pintura:

* Aproximação das formas barrocas;
* Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador;
* Valorização das cores e do claro-escuro; e
* Dramaticidade

Temas da pintura:

* Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas;
* Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas; e
* Mitologia Grega

Principais artistas:

Goya - Nasceu no pequeno povoado de Fuendetodos, Espanha, em 1746. Morreu em Bordeaux, em 1828. Goya e sua mitologia povoada por sonhos e pesadelos, seres deformados, tons opressivos. Senhor absoluto da caricatura do seu tempo. Trabalhou temas diversos: retratos de personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de monstros, cenas históricas e as lutas pela liberdade.
Obra destacada: Os Fuzilamentos de 3 de maio de 1808.

Turner - representou grandes movimentos da natureza, mas por meio do estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma certa atmosfera da paisagem. Uma das primeiras vezes que a arte registra a presença da máquina (locomotiva).
Obras destacadas: Chuva, Vapor e Velocidade e O Grande Canal, Veneza.

Auto RetratoEugène Delacroix (1798-1863), suas obras apresentam forte comprometimento político e o valor da pintura é assegurada pelo uso das cores, das luzes e das sombras, dando-nos a sensação de grande movimentação. Representava assuntos abstratos personificando-os (alegorias). Culto, dono de uma língua ferina, rico e namorador. Amigo do compositor Frèderic Chopin, inimigo do romancista Honoré de Balzac, Dante e Virgílio no Infernoadmirado pelo poeta Charles Baudelaire e indiferente às demais celebridades de seu tempo, Delacroix tinha noção da própria grandeza. "A principal qualidade de um quadro é ser uma festa para os olhos", escreveu na derradeira nota de seus famosos diários, em 1963, menos de dois meses antes de morrer. Nascido num momento crucial da História da França, aquele em que a burguesia revolucionária colhia os frutos de seu triunfo sobre o monarquia dos reis Capeto, o pintor viveu a maior parte da vida jovem e adulta num mundo que voltava aos poucos à antiga ordem natural das coisas. Assistiu à ascensão e queda de Napoleão Bonaparte, a restauração da dinastia dos Bourbon e, finalmente, a entronização do rei Luís Felipe, em 1830. Seu quadro mais conhecido A Liberdade Guiando o Povo, muitas vezes tomado como um símbolo das lutas populares e republicanas, foi feito por inspiração do movimento que levou Luís Felipe ao trono da França.

Para seu conhecimento:

A palavra romantismo designa uma maneira de se comportar, de agir, de interpretar a realidade. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, por uma atitude emotiva diante das coisas e esse comportamento pode ocorrer em qualquer tempo da história.

Romantismo designa uma tendência geral da vida e da arte; portanto, nomeia um sistema, um estilo delimitado no tempo.


domingo, 10 de janeiro de 2010

ROCOCÓ

ROCOCÓ

Rococó é o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco, mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores.
Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes. Vigoroso até o advento da reação neoclássica, por volta de 1770, difundiu-se principalmente na parte católica da Alemanha, na Prússia e em Portugal.

Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.

O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizadas originariamente na decoração de grutas artificiais.

Na França, o rococó é também chamado estilo Luís XV e Luís XVI.

Características gerais:

· Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores.
· Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.

ARQUITETURA

Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococó foi a principal corrente da arte e da arquitetura pós-barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-se de Roma para Paris. Surgido na França com a obra do decorador Pierre Lepautre, o rococó era a princípio apenas um novo estilo decorativo.

Principais características:

· Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves.
· A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com maior graça e intimidade.


Principal Artista:

Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsável pela abadia beneditina de Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo rococó, responsável por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios.

ESCULTURA

Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu na arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, quer cronológica, quer estilisticamente.

Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com existência própria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas.


Principais Artistas:

Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo de famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criação de santos e anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós.


Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà".

PINTURA

Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno impacto na escultura e pintura francesas. No final do reinado de Luís XIV, em que se afirmou o predomínio político e cultural da França sobre o resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas rococós sob influência da técnica de Rubens.

Principais Artistas:

Antoine Watteau, (1684-1721), as figuras e cenas de Watteau se converteram em modelos de um estilo bastante copiado, que durante muito tempo obscureceu a verdadeira contribuição do artista para a pintura do século XIX.

François Boucher, (1703-1770), as expressões ingênuas e maliciosas de suas numerosas figuras de deusas e ninfas em trajes sugestivos e atitudes graciosas e sensuais não evocavam a solenidade clássica, mas a alegre descontração do estilo rococó. Além dos quadros de caráter mitológico, pintou, sempre com grande perfeição no desenho, alguns retratos, paisagens ("O casario de Issei") e cenas de interior ("O pintor em seu estúdio").

Jean-Honoré Fragonard , (1732-1806), desenhista e retratista de talento, Fragonard destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza, de cenas galantes em paisagens idílicas. Foi um dos últimos expoentes do período rococó, caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos mais antigos precursores do impressionismo.

sábado, 9 de janeiro de 2010

ABSTRACIONISMO SENSÍVEL


A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata.

Abstracionismo Sensível ou Informal, predominam os sentimentos e emoções. As cores e as formas são criadas livremente. Na Alemanha surge o movimento denominado "Der blaue Reiter" (O Cavaleiro Azul) cujos fundadores são os Kandinsky, Franz Marc entre outros.
Uma arte abstrata, que coloca na cor e forma a sua expressividade maior. Estes artistas se aprofundam em pesquisas cromáticas, conseguindo variações espaciais e formais na pintura, através das tonalidades e matizes obtidos. Eles querem um expressionismo abstrato, sensível e emotivo.
Com a forma, a cor e alinha, o artista é livre para expressar seus sentimentos interiores, sem relacioná-los a lembrança do mundo exterior. Estes elementos da composição devem Ter uma unidade e harmonia, tal qual uma obra musical.

Principais Artistas:

FRANZ MARC (1880-1916), pintor alemão, apaixonado pela arte dos povos primitivos, das crianças e dos doentes mentais, o pintor alemão Marc escolheu como temas favoritos os estudos sobre animais, conheceu Kandinsky, sob a influência deste, convenceu-se de que a essência dos seres se revela na abstração. A admiração pelos futuristas italianos imprimiram nova dinâmica à obra de Marc, que passou a empregar formas e massas de cores brilhantes próprias da pintura cubista.
Os nazistas destruíram várias de suas obras. As que restaram estão conservadas no Museu de Belas-Artes de Liège, no Kunstmuseum, em Basiléia, na Städtische Galarie im Lembachhaus, em Munique, no Walker Art Center, em Minneapolis, e no Guggenheim Museum, em Nova York.

WASSILY KANDINSKY (1866-1944), pintor russo, antes do abstracionismo participou de vários movimentos artísticos como impressionismo também atravessou uma curta fase fauve e expressionista. Escreveu livros, como em 1911, Sobre o espiritual na arte, em que procurou apontar correspondências simbólicas entre os impulsos interiores e a linguagem das formas e cores, e em 1926, Do ponto e da linha até a superfície, explicação mais técnica da construção e inventividade da sua arte. Dezenas de suas obras foram confiscadas pelos nazistas e várias delas expostas na mostra de "Arte Degenerada".

Tachismo (de tache = mancha). Formado por manchas coloridas colocadas lado a lado em um certo parâmetro ou limite, no mínimo o braço do artista. Também existe um tipo de abstrato informal formado por manchas, porém, elas não possuem parâmetro definido pelo braço do artista como no Tachismo. São manchas criadas impulsivamente com toda a liberdade ou efusão emocional do artista.

Grafismo é todo abstracionismo formado por uma grafia não cognificada.

Orfismo tem ligação com a música. Principal artista: Sonia Delaunay.

Raionismo formado por raios, estanques, deslizes e riscos com luminosidade. Principal artista: Larionov/Gontcharova


Action Painting ou pintura de ação gestual, criada por Jackson Pollock nos anos de 1947 a 1950 faz parte da Arte Abstrata Americana. Em 1937, fundou-se nos Estados Unidos, a Sociedade dos Artistas Abstratos. O abstracionismo cresce e se desenvolve nas Américas, chegando à criação de um estilo original.

Características da Pintura:
· Compreensão da pintura como meio de emoções intensas.
· Execução cheia de violenta agressividade, espontaneidade e automatismo.
· Destruição dos meios tradicionais de execução - pincéis, trincha, espátulas, etc.
· Técnica: pintura direta na parede ou no chão, em telas enormes, utilizando tinta à óleo, pasta espessa de areia, vidro moído.

Principal Artista:

JACKSON POLLOCK (1912-1956), pintor americano, introduziu nova modalidade na técnica, gotejando (dripping) as tintas que escorrem de recipientes furados intencionalmente, numa execução veloz, com gestos bruscos e impetuosos, borrifando, manchando, pintando a superfície escolhida com resultados extraordinários e fantásticos, algumas vezes realizada diante do público. Desenvolveu pesquisas sobre pintura aromática. Nos últimos trabalhos nessa linha, o artista usou materiais como pregos, conchas e pedaços de tela, misturavam-se às camadas de tinta para dar relevo à textura. Usou freqüentemente tintas industriais, muitas delas usadas na pintura de automóveis.

WILLEM DE KOONING (1904-1997), nos anos 20 e 30, antes de atacar suas telas, o jovem De Kooning, que abandonou a Holanda aos 22 anos a bordo de um cargueiro, começou a vida como carpinteiro e pintor de paredes. De cultura européia, De Kooning herdaria o apreço ela arte figurativa, tornando-se um admirador da obra de seuMulher de Olhos conterrâneo Rembrandt e do francês Cèzanne. Mulheres CantandoAo contrário de seus colegas de vanguarda, que aboliram a representação figurativa de seus quadros. De Konning fez das figuras femininas - a marca da diferença em seu trabalho. "Minha obra vive de incluir as coisas, não de excluí-las", costumava afirmar. Ao final dos anos 40, junto com Jackson Pollock, Arshile Gorky e Mark Rothko, revolucionaria a pintura americana, fundando a vanguarda expressionista abstrata. Com seus borrões e respingos de tinta atirados contra ela a tela, Pollock, o maior de todos, secundado por De Koonning e companhia, deslocou de Paris para Nova York a capital mundial das artes. Diversamente dos expressionistas europeus, que no começo do século converteram sua arte numa forma de panfletagem político-social, a vanguarda expressionista ianque tratou de banir a política de seus quadros, preferindo expremir as misérias da condição humana nos limites da existência individual. Morreu vítima do mal de Alzheimer em sua casa-ateliê em Long Island, perto de Nova York.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Graffiti

Definido por Norman Mailler como" uma rebelião tribal contra a opressora civilização industrial" e, por outros, como "violação, anarquia social, destruição moral, vandalismo puro e simples", o Grafite saiu do seu gueto - o metrô - e das ruas das galerias e museus de arte, instalando-se em coleções privadas e cobrindo com seus rabiscos e signos os mais variados objetos de consumo.

A primeira grande exposição de Grafite foi realizada em 1975 no "Artist's Space", de Nova York, com apresentação de Peter Schjeldahl, mas a consagração veio com a mostra "New York/New Wave" organizada por Diego Cortez, em 1981, no PS 1, um dos principais espaços de vanguarda de Nova York.

Características gerais:

* Spray art - pixação de signos, palavras ou frases de humor rápido, existe a valorização do desenho.

* Stencil art - o grafiteiro utiliza um cartão com formas recortadas que, ao receber o jato de spray, só deixa passar a tinta pelos orifícios determinados, valoriza-se a cor.

Principal artista:

Jean Michel Basquiat - (1960-1988), nascido no Haiti, iniciou sua carreira grafitando as paredes e muros de Nova York. Seus grafites mostravam símbolos de variadas culturas, de obras famosas, e principalmente ícones da cultura e consumo americanos, principalmente no contexto político e social. As temáticas do seu trabalho refletem suas preocupações, como o genocídio, a opressão e o racismo. Com 21 anos participou da sua primeira coletiva em Nova York. Foi patrocinado por Andy Warhol (Pop Art), a partir daí virou celebridade. Morreu prematuramente em virtude de depressão e drogas.

No Brasil, destacam-se os artistas: Alex Vallauri, Waldemar Zaidler e Carlos Matuck, também se destacam artistas de vanguarda como: Os Gêmeos: Otávio e Gustavo, Boleta, Nunca, Nina, Speto, Tikka e T. Freak.


Visite: http://www.graffiti.org.br

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Arte Naif

Para iniciar 2.010 e retomar o blog vamos ao um breve resumo sobre arte naif.


É a arte da espontaniedade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular. Claro que, como numa arte mais intelectualizada, existem os realmente marcantes e outros nem tanto.

Art naïf (arte ingênua) é o estilo a que pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de um tipo de expressão que não se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular.

Esse isolamento situa o art naïf numa faixa próxima à da arte infantil, da arte do doente mental e da arte primitiva, sem que, no entanto, se confunda com elas.

Assim, o artista naïf é marcadamente individualista em suas manifestações mais puras, muito embora, mesmo nesses casos, seja quase sempre possível descobrir-lhes a fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações dos velhos livros, das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos. Não se trata, portanto, de uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referência cultural.

O artista naïf não se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras que representa.

Características gerais:
· Composição plana, bidimensional, tende à simetria e a linha é sempre figurativa
· Não existe perspectiva geométrica linear.
· Pinceladas contidas com muitas cores.

Principal Artista:

Henri Rousseau (1844-1910), homem de pouca instrução geral e quase nenhuma formação em pintura. Em sua primeira exposição foi acusado pela crítica de ignorar regras elementares de desenho, composição e perspectiva, e de empregar as cores de modo arbitrário. Estreou com uma original obra-prima, "Um dia de carnaval", no Salão dos Independentes. Criou exóticas paisagens de selva que lembram tramas de sonho e parecem motivadas pelos sentimentos mais puros. Nos primeiros anos do século XX, após despertar a admiração de Alfred Jarry, Guillaume Apollinaire, Pablo Picasso, Robert Delaunay e outros intelectuais e artistas, seu trabalho foi reconhecido em Paris e posteriormente influenciou o surrealismo.



Link do museu brasileiro de arte naif.Vale a pena conferir!

http://www.museunaif.com.br/



É...só mais alguns meses para uma nova professora de artes =)